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SIMPÓSIOS TEMÁTICOS ONLINE

História e historiografia militar: pesquisa e escrita de conflitos globais e regionais e sua atuação no ensino acadêmico e escolar.

Coordenador(es): Italo de Andrade Lopes (UFPI).

A proposta do simpósio busca reunir pesquisas que possui a missão de discutir temáticas sobre conflitos globais e regionais no ensino em história que estão suprimidos na educação básica e superior. A necessidade surge na compreensão na construção da historiografia para a sociedade, buscando o entendimento no campo da História militar e suas convicções políticas, culturais, econômicas que moldaram correntes historiográficas por suas características únicas e trágicas. possui como objetivo a polarização e compreensão da Historiografia Brasileira, recortes e traços explanando caminhos nos conflitos armados que assolaram a História Militar do Brasil. Trabalhos acerca de conflitos civil- militar e América Latina são de suma importância para compreensão social e seus perigos revisionistas e negacionistas, como também estudos educacionais em ensino em sala de aula sobre a temática proposta.

Testemunho, escrita da história e violência (séculos XX e XXI).

Coordenador(es): Marcos Gonçalves (UFPR) e Thiago Ernesto Possiede da Silva (UNESPAR).

O Simpósio é direcionado a um escopo de pesquisas cujo campo de problemas teóricos e historiográficos está associado às teorias do testemunho, às análises de narrativas que se apropriam tanto da memória individual quanto da memória social, e verbalizam experiências históricas de violência sob diversificados contextos políticos. Sugere uma correlação entre teorias da fenomenologia da violência e como ela é expressada, seja em narrativas historiográficas ou em narrativas de natureza biográfica e autobiográfica. Em termos empíricos, acolheremos pesquisas concluídas ou em andamento sobre: ditaduras; exílios e refúgios; degradação física e social de coletivos pela inexistência de políticas públicas; autoritarismos; fascismos; racismos e xenofobias; justiça de transição, processos genocidários; políticas de memória e esquecimento. A periodização a ser contemplada para recepção de trabalhos diz respeito a processos históricos vivenciados nos séculos XX e XXI, sem que esse recorte negligencie episódios antecedentes que justificam e explicam fenômenos subsequentes. Proponentes de comunicação devem levar em consideração os seguintes eixos: 1) Fenomenologia das violências: apresentar leituras teóricas sobre a fenomenologia da violência contemporânea em suas diversas modalidades (violência política, latente, direta, estrutural, cultural, extrema), privilegiando interpretações clássicas, e interpretações emergentes que abordam o fenômeno na perspectiva conceitual. Pode ser estabelecida uma intersecção de tradições epistemológicas produzidas na sociologia, na filosofia política, na antropologia, e no direito humanitário; 2) Teoria e historiografia sobre as violências: interpretações historiográficas sobre processos de violência situacionais ou tópicos que estimam o potencial heurístico da relação entre as teorias sobre a violência e o exercício empírico produzido pela escrita da história, enquanto duas ações interdependentes e indissociáveis.No eixo, é promovido um debate entre a questão da práxis da violência e a necessidade de verbalização dessa experiência. Sugere-se leituras que atravessam estudos sobre a literatura de teor testemunhal, invocando-se instrumentais analíticos para a compreensão de narrativas sobre “algo excepcional que exige um relato” (Seligmann-Silva, 2003); 3) Experiências do testemunho: o eixo apoia-se em uma visualização sistemática de relatos/narrativas/literaturas que contemplam a seguinte estrutura: história-violência-memória-testemunho. O objetivo é discutir e dar a conhecer como se realiza a experiência do testemunho, e quais as possibilidades e limites do emprego de metáforas, analogias, eufemismos, convenções simbólicas e subjetividades de escrita, capazes de produzir: i) um efeito contrapontístico à objetividade dos dados históricos; ii) uma historicidade correspondente à produção da narrativa mesma; iii) uma narratividade que projeta como resposta a manifestação de resistências e contra violência. Por fim, a especificidade da experiência testemunhal e as formas diversas pelas quais se expressa não encontram limites enquanto possibilidades de comunicar processos de violências, como a escrita poética e literária. Pressionam a pesquisa histórica a ouvir a heterogeneidade desses fluxos de experiências e, desse modo, a atualizar métodos, técnicas e procedimentos de escrita e análise dos objetos de estudo. Com esta agenda, serão muito bem-vindos trabalhos que se interessam nos tópicos sugeridos para este Simpósio Temático, a fim de colocar em debate investigações e instrumentais teórico-metodológicos que convergem na relação entre testemunho, escrita da história e violência.

A história e a historiografia das práticas alimentares e os múltiplos usos do alimento.

Coordenador(es): José Carlos Silva (UFPE) e Iranilson Buriti de Oliveira (UFCG).

Na contemporaneidade, a temática alimentação, dada a sua importância global, não só pela abundância ou escassez, mas também por suas formas de produção, de preparação e distribuição que impactam diretamente na vida das pessoas e da natureza, tem se tornado cada vez mais um campo de investigação e de interesse de diversos pesquisadores que procuram analisar a prática alimentar como um conhecimento histórico e intercultural que se relaciona com o meio ambiente, com as práticas de sociabilidade, com a saúde e com a formação dos sujeitos. Contudo, mesmo com toda essa atenção atual pela história da mesa, tornando a gastronomia e a cozinha objetos de estudos históricos devido às representações, os simbolismos e o imaginário construído em torno da prática alimentar, ainda existem poucos trabalhos que coloquem a alimentação como um paradigma social, que explore a ciência culinária como um dos vocabulários históricos, como um conceito (inter)cultural e como um campo de debate e de questionamento dos programas escolares e da educação dietética. Por isso, a importância da temática alimentação, para o entendimento e tratamento de questões que ao mesmo tempo afligem e apoderam politicamente não só os sujeitos que circulam os múltiplos territórios brasileiros, mas de maneira geral, a humanidade. O ST: A HISTÓRIA E A HISTORIOGRAFIA DAS PRÁTICAS ALIMENTARES E OS MÚLTIPLOS USOS DO ALIMENTO tem por objetivo problematizar a prática alimentar como possibilidade de leitura e de interpretação dos problemas sociais e ambientais existentes no Brasil e no mundo e de resistência e intervenção nesses espaços pela agroecologia. Dessa forma, o presente ST pretende ampliar os espaços de dizibilidade e visibilidade social das pesquisas que giram em torno do alimento ao acolher os trabalhos produzidos por diferentes pesquisadores ligados a história da alimentação e às múltiplas abordagens socioambientais e histórica que o alimento acomoda (afetividade, memória, sexualidade, ensino, aprendizagem, espiritualidade, publicidade, natureza, saúde, doença, território etc.).

Decolonialidade e teoria da história: desafios éticos, epistemológicos e metodológicos.

Coordenador(es): Ana Luiza Rios Martins (UAB-UECE) e Adson Rodrigo Silva Pinheiro (UFF).

Propomos, por meio deste simpósio temático, refletir acerca das contribuições dos estudos decoloniais para os domínios da Teoria da História e História da Historiografia. Entendemos os estudos decoloniais como um campo abrangente, cujos autores são herdeiros de diversas tradições teóricas, porém convergem em perspectivas epistemológicas disruptivas ao abordar os impactos históricos sobre os corpos de pessoas negras, indígenas, quilombolas, mulheres, e a comunidade LGBTQIAPN+, resultantes da interseção entre o capitalismo e o colonialismo. Diante desse cenário desafiador, enfrentamos não apenas a necessidade, mas também o compromisso ético-político de abordar os sujeitos das narrativas históricas como fenômenos intrinsecamente situados, ultrapassando a simples delimitação temporal ou local. Convidamos, assim, contribuições acadêmicas que se debrucem sobre a análise dos marcadores interseccionais das diferenças entre os corpos moldados pela colonialidade. Isso inclui a investigação dos epistemicídios, das práticas sociais de (re)existência e o papel dos agentes na formulação de propostas que visam a emancipação social. Deste modo, o Simpósio Temático espera a submissão de trabalhos que adentrem de maneira aprofundada tais temáticas, destacando-se, em particular, a integração do conceito de decolonização nos estudos históricos. Este propósito visa contemplar a reflexão sobre a historiografia e as narrativas concernentes aos diferentes grupos apontados. A intenção é proporcionar um cenário propício ao diálogo crítico e construtivo, no qual as diversas perspectivas possam convergir para uma compreensão mais profunda e intricada das dinâmicas históricas sob o jugo da colonialidade.

Construir História no presente: perspectivas, possibilidades e desafios.

Coordenador(es): Jimmy Iran dos Santos Melo (UFRR) e Francisco Pereira Gomes de Oliveira (UPF).

Este simpósio temático tem o propósito de reunir pesquisadores interessados nas condições contemporâneas da produção do conhecimento histórico em suas múltiplas formas, facetas e suportes. Nesse sentido, volta-se tanto aos debates, embates e tendências historiográficas stricto sensu, do “retorno da narrativa” à história “refigurada”, quanto aos modos de leitura e uso do passado e da cultura histórica na esfera pública e na esfera privada, manifestados nas artes, na educação, na mídia, em empresas e instituições, etc. – e é justamente por este motivo que se fala, aqui, em produzir e não em escrever, uma vez que a escrita é uma dimensão da produção da história. Parte-se do pressuposto de que tais apropriações também não deixam de expressar e gerar compreensões e imaginários “históricos”, à medida que tecem, voluntária ou involuntariamente, relações entre o presente e tempos passados; afinal, como notam Delacroix, Dosse, Garcia e Offenstadt, “os historiadores de ofício nunca detiveram o monopólio da escrita da história. O passado pertence a todos e as apropriações que dele são feitas têm todas a sua própria legitimidade, sejam as dos ensaístas, dos romancistas ou mesmo das festas neoceltas ou neomedievais”. Longe de pretender afirmar com isso que todo e qualquer discurso sobre o passado é válido e, portanto, inquestionável, o que se pretende é colocar em discussão a ideia de que, hoje, o espaço disciplinar da história é “muito menos controlável do que antes”, de acordo com Pablo Sánchez León, e assim esboçar possíveis respostas a uma questão de fundo: qual a especificidade e, por extensão, o valor do trabalho do historiador nos tempos que correm?

Ditaduras militares na América Latina, transições democráticas e usos políticos do passado: a História em tempos de negacionismos.

Coordenador(es): Ana Rita Fonteles Duarte (UFC) e Paulo César Gomes (UFF).

A historiografia encontra-se em um estágio bastante desenvolvido nos estudos sobre os regimes ditatoriais iniciados na América Latina a partir dos anos 1960, bem como acerca de seus processos transicionais. De todo modo, pesquisas inéditas continuam a ser realizadas. Isso se deve à análise de acervos outrora sigilosos que são liberados para a consulta pública, a novos olhares lançados para temas que julgávamos esgotados e, também, aos questionamentos feitos ao passado autoritário com base no atual contexto político latino-americano. Nesse sentido, este Simpósio visa acolher trabalhos que abordem em perspectivas multifacetadas as ditaduras militares latino-americanas e seus processos de transição democrática. Nosso principal intuito é desenvolver um espaço para debater questões sensíveis do âmbito da História do Tempo Presente, que vêm sendo evocadas com grande vigor e múltiplas nuances tanto por autoridades governamentais como por grupos sociais da América Latina. Portanto, um tópico central a ser discutido são os usos políticos que vêm sendo feitos do passado ditatorial latino-americano, considerando que vivemos um momento em que as narrativas negacionistas estão cada vez mais difundidas, sendo com frequência tomadas como verdade por setores consideráveis da população.

Mulheres e movimentos femininos nacionais e internacionais (XIX-XXI).

Coordenador(es): Fernanda Lédo Flôres (UFF), Guilherme Machado Nunes (CEDEM/UNESP e UFF).

O homem, branco, colonizador, heroificado, predominou como sujeito na narrativa histórica tradicional desde antes da consolidação da história enquanto ciência no século XIX. Por outro lado, o protagonismo feminino, junto com outros paradigmas historiográficos (a exemplo da micro-história, história “vista de baixo”, história oral), perpassa por um debate historiográfico relativamente recente que foi estimulado, sobretudo, pela força dos movimentos feministas ao longo do século XX. Já no século XXI, apesar dos muitos avanços, ainda há muito a se fazer em prol da construção de uma ciência histórica calcada em perspectivas feministas, decoloniais, anti-coloniais e/ou interseccionais, que enfatizem as mais diversas protagonistas femininas. Este Simpósio Temático tem por objetivo reunir, conectar e ampliar o debate entre pesquisadoras e pesquisadores que tem se dedicado a construir um fazer historiográfico sobre o “ser mulher” em suas mais diversas facetas. Serão aceitos trabalhos que versem sobre: trajetórias e biografias femininas; mulheres na política; mulheres nos movimentos sociais; organismos e organizações femininas nacionais e internacionais; feminismos e antifeminismos; pautas e lutas das mulheres trabalhadoras; imprensa e atividade intelectual feminina; com o recorte temporal entre os séculos XIX e XXI.

Desafios do ensino de história vivenciados em projetos de ensino e extensão: práticas cotidianas e historiografia.

Coordenador(es): Gabrielle Legnaghi de Almeida (UEM) e Murilo Moreira de Souza (UFPR).

A escola pós-pandemia apresenta-se como um ambiente que demanda abordagens inovadoras no ensino de história, exigindo uma revisão profunda e uma ampliação significativa de horizontes. A preocupação estende-se além das fronteiras acadêmicas, abraçando o diálogo essencial entre a universidade e a comunidade externa. Não por acaso, as experimentações em sala de aula, impulsionadas por iniciativas como o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID), a Residência Pedagógica (RP), o Programa de Educação Tutorial (PET) e outras modalidades, têm se destacado ao lançar luz sobre os desafios contemporâneos e as perspectivas futuras na construção do conhecimento e consciência histórica. Com o amplo acesso à tecnologias e seu uso em sala de aula, o ensino de história se reconfigura utilizando as possibilidades oferecidas pelos meios digitais. Estabelecendo um vínculo a partir da interdisciplinaridade e a interação de métodos diversos, o presente simpósio se propõe a ser um espaço para o debate e a discussão de ferramentas e abordagens que não apenas estimulam, mas proporcionam uma reflexão sobre a participação ativa dos programas educacionais no espaço escolar em suas diferentes abordagens e atividades. Esses programas, que visam o diálogo entre a universidade e comunidade externa, são essenciais para a difusão do conhecimento e sua aplicação efetiva em sala de aula. Além disso, almeja-se a integração desses programas com as escolas, fomentando o desenvolvimento do pensamento crítico e a análise contextualizada dos diferentes tempos e espaços, em busca de uma educação histórica mais rica e significativa. Diante dessas problemáticas contemporâneas relacionadas ao ensino de história, o presente simpósio objetiva a promoção de reflexões sobre as articulações entre a teoria e prática; o uso de fontes em sala de aula; manejo de recursos governamentais; atividades práticas, como aulas oficina e metodologias ativas; além do uso de novas ferramentas didáticas.

80 anos de CLT: entre avanços e recuos os direitos trabalhistas perpassam o capitalismo.

Coordenador(es): Tamires Xavier Soares (Prefeitura Municipal de Lajeado) e Wanderlene de Freitas Souza Barros (UFAM).

A CLT, instituída por Getúlio Vargas em 1º de maio de 1943, durante o período da ditadura estadonovista, não trouxe consigo novidades em termos de direitos trabalhistas. Antes de sua promulgação, os trabalhadores já vinham há muito tempo lutando por melhores condições de vida e trabalho, expressando suas reivindicações por meio de greves e mobilizações. A necessidade de uma legislação voltada para a proteção do trabalhador foi uma questão que emergiu antes mesmo do governo de Vargas, ou seja, foi algo inevitável que se impôs com o progresso da industrialização. Assim, a questão social advém de um conjunto de modernas condições laborais urbanas e de direitos sociais. Após a guerra, observamos que entre as demandas consideradas essenciais colocou-se a condição de vida do operariado.   Getúlio Vargas, no exercício autoritário de seu governo, apropriou-se de algumas leis já existentes (lei de férias, acidentes de trabalho…)  e dessas demandas populares, transformando-as em parte de sua agenda política. Paralelamente, Vargas adotava medidas repressivas, detendo tanto opositores políticos quanto trabalhadores que desafiassem a Constituição de 1937, a qual proibia tais manifestações. Nesses 80 anos de histórias houveram avanços e retrocessos nos direitos trabalhistas, refletindo as nuances do sistema capitalista.  Além disso, a CLT foi e tem sido um instrumento crucial na regulamentação das relações entre empregadores e empregados no Brasil, moldando o cenário trabalhista, econômico e social. O grupo que assumiu o Estado em 1930 tratou de mergulhar no universo social e trabalhista, propondo uma extensa legislação que ainda hoje ilustra as páginas da Consolidação das Leis Trabalhistas - CLT. As leis estavam lá, mas seus usos e utilidades foram se construindo por diversos olhares: do trabalhador, do legislador, do julgador, dos sindicatos, dos patrões, levando algum tempo para que cada qual se identificassem com o seu papel a partir do código. A intervenção do Estado no mercado de trabalho se apresentou sob o discurso de conter os exageros, mascarando o objetivo de limitar os avanços dessa legislação social.  É importante apontar a mudança de competência dos julgamentos trabalhistas, que a partir da década de 1940 saem em definitivo da esfera Civil e passam a pertencer efetivamente ao Tribunal de Justiça do Trabalho, no intuito de dirimir e acertar questões sociais, presentes nas relações empregadores e empregados; apesar de em 1932 já existir juntas conciliatórias de caráter harmonizador, sem uma ação impositiva. Os avanços registrados ao longo desse período incluem a conquista de direitos fundamentais para os trabalhadores, como a jornada de trabalho limitada, direitos previdenciários, férias remuneradas, 13º salário e a criação de mecanismos de proteção contra demissões arbitrárias. Estas medidas contribuíram para a melhoria das condições de trabalho e para a garantia de dignidade aos empregados. No entanto, cabe reconhecer que a trajetória da CLT também foi marcada por recuos, especialmente em momentos de transformações econômicas e políticas. Reformas trabalhistas ao longo dos anos buscaram flexibilizar as relações laborais, muitas vezes em resposta às demandas do mercado e aos desafios enfrentados pelo país. Tais mudanças, por vezes, levantaram questionamentos sobre a preservação dos direitos conquistados e sobre a capacidade da legislação em acompanhar as transformações sociais, tecnológicas e a terceirização. O embate entre avanços e recuos na CLT reflete a tensão inerente entre a busca por eficiência econômica e a proteção dos direitos dos trabalhadores em um sistema capitalista. Em síntese, os 80 anos de existência da CLT representam uma jornada marcada por conquistas e desafios, destacando a necessidade contínua de adaptação das leis trabalhistas às demandas contemporâneas. A interação entre direitos trabalhistas e o capitalismo permanece como um tema crucial, exigindo reflexão constante sobre como equilibrar eficiência econômica e justiça social no ambiente laboral. Assim, neste simpósio, buscamos oferecer espaço para pesquisas que abordem não apenas os avanços e retrocessos, mas também os diferentes usos da legislação trabalhista. Além disso, são bem-vindas discussões teóricas e revisões bibliográficas sobre o tema.

Trajetórias, biografias e histórias de “vidas infames”.

Coordenador(es): Estevam Henrique dos Santos Machado (SEE-PE / SEDUC- AL) e Rafael Santana Bezerra (SEDUC-PB).

Após um longo período de hegemonia de paradigmas estruturalistas, onde se teciam histórias “quase sem sujeitos”, os historiadores da década de 1970 voltaram suas preocupações ao retorno da narrativa e a emergência do sujeito. Nesta passagem da “história do todo”, característico das duas primeiras fases dos Annales, para a “história de tudo” (Dosse, 1994), surgiram novas metodologias, perspectivas e novos agentes históricos. Essa tendência foi amplificada com o aporte teórico-metodológico da micro-história italiana (Levi; Ginzburg) e da História Social Inglesa (Thompson e Hobsbawm). Essa historiografia possibilitou o aparecimento das “vidas infames”, indivíduos que, nos dizeres de Foucault (1992), pertenciam a essas “milhares de existências destinadas a passar sem deixar rastro; que houvesse em suas desgraças, em suas paixões, em seus amores e em seus ódios alguma coisa de cinza e de comum em relação ao que se considera, em geral, digno de ser contado” (Foucault, p. 205). Paradoxalmente, ao querer anular a existência das “vidas infames”, os diversos poderes instituídos possibilitaram seu aparecimento. Há, portanto, uma série de documentos que registram a passagem dos “indignos”, das “vidas breves”, das “existências-relâmpagos”, daqueles que se buscou esconder, prender e anular. Este Simpósio Temático tem como objetivo discutir as diversas possibilidades metodológicas ligadas às narrativas de trajetórias, biografias, prosopografias (Stone) desses, não tão novos, sujeitos históricos e de seus respectivos vestígios (fontes): prisioneiros políticos, internos de “instituições totais” (Goffman, 2015), trabalhadores e trabalhadoras, refugiados, subalternizados, escravizados, crianças, mulheres, homossexuais, etc.

Ensino de história e práticas escolares.

Coordenador(es): Cleberson Vieira de Araújo (SEE/PB - SME/PB).

O ensino e aprendizagem em história, perpassa por desafios que vão desde as questões escolares passando pela família e mesmo a sociedade. No contexto da história, especificamente, questões múltiplas se somam e acabam por reforçar as dificuldades de aprendizagens e ainda de interesse de alunos e alunas pela disciplina em questão. Com efeito, a vivacidade da memória no cotidiano e a possibilidade de ir além do utilitarismo se mostra como uma necessidade de forma a potencializar o ensino e aprendizagem em uma disciplina que pulsa conhecimentos. Se o ensino de história se mostra como um constante desafio para professores e professoras, as práticas escolares vão de encontro a um caminho que perpassa as dificuldades e produz o conhecimento histórico almejado, que deve ser construído no ambiente escolar com o protagonismo estudantil. Logo, esse simpósio temático tem por objetivo geral discutir caminhos para o ensino de história e as práticas inovadoras no contexto escolar.

Resistências e memória na construção da cidadania pós-abolição.

Coordenador(es): Juliana Magalhães Linhares (UNINTA) e Priscila Régis Cunha de Queiroz (UFCA).

O presente Simpósio temático tem como tema "Resistências e Memória na Construção da Cidadania Pós-Abolição". Entendemos o contexto histórico pós-abolição como o período subsequente à abolição da escravidão e às primeiras décadas do século XX, momento crucial para compreender as tensões que envolviam as relações sociais, conforme Frederick Cooper (2005), Rebeca Scott (2005), Hebe Mattos (2004) e Ana Maria Rios (2004). Nesse contexto marcado pela busca do estabelecimento da cidadania no Brasil, importa destacar o papel de homens e mulheres, sobretudo pobres, que buscavam garantir seus direitos por meio de resistências cotidianas. O objetivo do Simpósio é reunir pesquisadores e pesquisadoras que analisem as lutas e resistências implementadas entre o final do século XIX e as primeiras décadas do século XX, assim como as várias formas de construção de memória desses processos ao longo do tempo. A metodologia de execução dos trabalhos no Simpósio, que ocorrerá de modo remoto, privilegiará a apresentação oral, podendo ser acompanhada de slides, com foco na discussão das possibilidades de abordagem, uso de fontes e metodologias que permitam a análise do contexto pós-abolição e da ação das pessoas que lutaram por suas vidas, histórias e memórias em meio à persistência da estrutura escravista e racista. Serão bem-vindas pesquisas com foco nas configurações sociais estabelecidas no pós-Abolição, com recortes cronológicos anteriores e posteriores à lei de 13 de maio de 1888; trabalhos que abordem trabalhadores livres e escravizados; estudos sobre abolição; análises acerca da construção de territórios negros, rurais e urbanos; memórias da escravidão e da liberdade; pesquisas sobre processos de racialização; estudos caracterizados pela interseccionalidade de gênero, raça e classe; narrativas das emancipações e do pós-abolição, entre outras temáticas. Acreditamos que o escopo do simpósio permite a troca de experiências acadêmicas entre pesquisadores das mais diversas áreas das ciências sociais com ênfase na análise histórica.

A historiografia militar e das forças de segurança, produção e evolução.

Coordenador(es): Johny Santana de Araújo (UFPI) e Wellington Barbosa da Silva (UFRPE).

Ao longo do século XX e já no século XXI os historiadores militares têm enfrentado uma série de problemas que se relacionam a uma herança dos seus antecessores: eurocentrismo, preconceito ideológicos, um foco maior nas potências e nos sistemas militares dominantes, estudos sobre as operações em terra e mar e recentemente os conflitos aéreos de forma separada e segmentada, foco maior nos conflitos entre estados, a falta de foco nas atividades e sobre como as forças são usadas, entre elas as forças policiais, as milícias, e mesmo os exércitos particulares, muito tem sido feito para suplantar uma noção tradicional de se estudar Historia Militar, assim pretende-se com esse ST convidar os historiadores e pesquisadores que tem debruçado seus estudos sobre a complexidade das narrativas entorno dessa temática no campo da produção sobre a história dos conflitos, das forças armadas, das forças policiais e de segurança, desde o século XIX até os dias atuais para apresentar e discutir sobre o que de mais novo tem sido feito sobre o campo e suas interações, da doutrina militar, a estratégia e a guerra em todas as suas formas, e em todos os aspectos e temas da guerra ao longo do XIX aos dias atuais. Isso inclui as interações entre a história política, econômica, social e cultural com a história militar.

Consciência histórica e cultura histórica: diálogos possíveis na pesquisa historiográfica.

Coordenador(es): Arnaldo Martin Szlachta Junior (UFPE) e Wilian Junior Bonete (UFPel).

O Simpósio Temático "Consciência histórica e cultura histórica: diálogos possíveis na pesquisa historiográfica" propõe uma reflexão profunda sobre a interseção entre a consciência histórica e a cultura histórica, originalmente dos estudos da Didática da História Alemã (CARDOSO, 2008), destacando a importância desses elementos no contexto da pesquisa a relação do ser humano com a cultura, os usos do passado e sua orientação no tempo. Incluindo as influências da memória coletiva na formação da consciência histórica, as representações culturais do passado (RÜSEN, 2014) em diferentes sociedades e como as abordagens historiográficas contemporâneas podem dialogar com esses elementos. O diálogo entre a consciência histórica e a cultura histórica busca destacar como as diferentes formas de compreender o passado podem coexistir e, em alguns casos, conflitar na compreensão mais ampla da complexidade inerente à construção do conhecimento histórico.  Sob a perspectiva do historiador alemão Jörn Rüsen (2001, 2015), a consciência histórica pode ser compreendida como um elemento universalmente humano que, enraizada na historicidade da própria vida, denota um conjunto de ações ou intenções no tempo. Nesse sentido, a consciência histórica é um processo cognitivo que estabelece uma relação imediata entre passado e presente, garantindo projeções de futuro. Além disso, contribui com a formação da identidade, fenômeno capaz de moldar o “mundo da vida humana” e prover o eu com “continuidade e consistência” em uma relação cultural com seu grupo (RÜSEN, 2009, p. 174). Valendo- nos dos apontamentos de Assis (2010), podemos sintetizar que a partir do pensamento histórico metodizado, a ciência da História lida com verdades baseadas em critérios empírico, normativo e narrativo, favorecendo “interpretações do mundo humano sujeitas à complementação, à crítica e à superação por outras interpretações” (ASSIS, 2010, p. 27). Dessa maneira, a ideia desse ST é dialogar propostas de trabalhos no âmbito da Teoria da História que entrecruzem as propostas e dimensões dos conceitos de Cultura Histórica e Consciência Histórica.

Política, economia e sociedade no Brasil oitocentista.

Coordenador(es): Edna Maria Matos Antonio (UNESP/UFS) e Francisco Gleison da Costa Monteiro (UFPE/UFPI).

Neste simpósio propomos a reunião e discussão de pesquisas (concluídas ou andamento) que abordem dinâmicas administrativa, política, econômica e social próprias a historicidade do período imperial brasileiro e suas questões. Recortadas por espacialidades, agentes sociais e experiências plurais, pretende-se constituir espaço de profícuo diálogo entre estudiosos atentos a atualização conceitual e metodológica bem como o uso variado de fontes sobre estes diversificados temas e criativas perspectivas de análises. Serão acolhidos trabalhos que tematizam experiências individuais e coletivas, os projetos e práticas que nortearam o perfil econômico e político do Brasil imperial bem como estudos que possam contribuir para a compreensão da dinâmica do poder e sua conexão relativa à construção das estruturas políticas e sociais, cidadania, conflitos e negociações. Cabem ainda as abordagens problematizadoras das especificidades da sociedade escravista brasileira bem como análise das transformações nas relações do trabalho escravo e livre e, de forma articulada, o pensamento social, produção cultural, construções identitárias e memorialísticas e historiografia, delimitadas pelo escopo temporal e temático em tela.

Mulheres educadas nos oitocentos: rupturas e permanências.

Coordenador(es): Ana Cristina B. López Monteiro Francisco (UNIFESO) e Luciana Borges Patroclo (UERJ).

Este Simpósio Temático propõe a apresentação e análise de pesquisas voltadas à educação de mulheres no Brasil oitocentista, visando inclusive, a publicização de histórias até então invisibilizadas, que agreguem e ampliem, sobremaneira, o repertório historiográfico da área de educação, mulheres e arquivos pessoais. Configurando-se em espaço para identificar as relações plurais entre o sexo feminino e o universo das letras no decorrer do século XIX. Transcendendo a perspectiva oficial na qual os estudos femininos ficavam circunscritos a uma legislação educacional centrada em uma estrutura curricular diminuta para as mulheres, que privilegiava os aprendizados para o governo do lar, além de proibir a igualdade de acesso e diplomação nos cursos superiores do Império. Dessa forma, o objetivo central desse Simpósio Temático é, portanto, resgatar elementos do passado feminino brasileiro no Oitocentos que consubstanciem novos olhares sobre a história de mulheres, até então imêmore, deixando-as nas palavras de Ricoeur (2007), " órfãs de seus próprios símbolos e signos característicos de uma época”. Essa narrativa expográfica demonstra o que as mulheres foram, o que elas têm feito através dos tempos e como isso repercute no que elas estão fazendo agora, denotando as camadas de passado que possui o presente (Koselleck, 2014). Nesse sentido é vislumbrada a possibilidade do diálogo, a partir das aproximações entre pesquisadores/as, resguardando peculiaridades e historicidades, com o intuito de contribuir tanto com os estudos do campo da produção historiográfica, quanto com a discussão atual no âmbito da história das mulheres (e das políticas educacionais), que, cada vez mais, lutam pela igualdade e legitimidade de oportunidades sociais.

História urbana, patrimônio cultural, territórios e identidades.

Coordenador(es): Sandra Catharinne Pantaleão Resende (PUC Goiás) e Paulo Afonso Tavares (UFG).

Este simpósio temático busca reunir pesquisadores, profissionais e entusiastas para discutir a complexa interação entre patrimônio cultural, territórios e identidades a partir de uma abordagem historiográfica das cidades e seus processos de urbanização. Interessam abordagens que versem sobre a relação entre apropriação do território, formação de identidades e tensões entre diferentes territorialidades, tendo em vista dinâmicas urbanas, transformação, disputas e construção de narrativas que apontem desafios de conservação, salvaguarda e constituição de memórias coletivas face às aceleradas transformações urbanas e rurais de cidades brasileiras, sejam elas grandes centros urbanos, metrópoles, cidades médias ou pequenas, além das experiências e práticas que apresentem a ampliação dos discursos de preservação e valorização do patrimônio cultural.

O Brasil do século XIX: novas proposições.

Coordenador(es): Dhenis Silva Maciel (SEDUC-CE) e João Paulo Peixoto Costa (IFPI).

Ao longo do século XIX observamos no Brasil oitocentistas transformações significativas nos mais diversos níveis: econômicos, sociais, políticos, culturais. No espaço de um século saímos da condição de território colonial para nos constituirmos enquanto monarquia constitucional e ao final dos 1800 tornamo-nos uma República Federativa. Os oitocentos no Brasil também foram importantes para a constituição de toda uma série de instituições de produção de conhecimento, como, por exemplo, os Institutos Históricos, Museus, a Biblioteca Nacional dentre outras. Também observamos que outros casos levaram praticamente todo o século para terem termo, como foi a abolição da escravidão. Muitos desses fenômenos foram abordados ainda no próprio século XIX pelos “homens de letras” do período, mas também vieram a ser objeto de estudo no século XX. Contudo, as pesquisas realizadas por esses autores não encerraram as discussões por eles iniciadas. A proposta deste Simpósio temático é revisitar algumas dessas questões a luz das novas proposições historiográficas, tanto teóricas quanto metodológicas, e propor novas perspectivas a determinados temas que já foram estudados anteriormente, trazendo novos elementos e pontos de vista para tais debates. Além disso, buscamos abordar novos temáticas, pesquisas originais do ponto de vista da pesquisa histórica, o que pode incentivar toda uma nova geração de pesquisadores e do estabelecimento de novos campos de discussão.

A morte, os mortos e o morrer na história e na historiografia.

Coordenador(es): Cícero Joaquim dos Santos (URCA) e Cláudia Rodrigues (UNIRIO).

Este simpósio temático pretende congregar estudos dedicados aos temas da morte, do morrer e dos mortos na História e na Historiografia. Nesse sentido, tantos os trabalhos que problematizam as experiências históricas tocantes à morte vivida, como também a produção intelectual voltada para o tema no campo da História e áreas afins serão bem-vindas. Com esse intuito, esse simpósio poderá agregar pesquisas sobre diferentes temporalidades e espacialidades. Do mesmo modo, ele poderá congregar diversas abordagens, fontes e metodologias. Como o campo da história da morte no Brasil vem se fortalecendo e frutificando importantes reflexões tanto nos debates da História Social, quanto nas produções da História Cultural, bem como vem incorporando diversas problemáticas tocantes às experiências sobre a (in)finitude física e virtual, no diálogo com outras áreas do conhecimento, este ST estará aberto para pesquisas que problematizam festas, rituais e práticas fúnebres; discursos, imagens, narrativas e sensibilidades; construções de memória e processos de negação, silenciamento e esquecimento; doenças, guerras e mortes; instituições; cemitérios e outros espaços da morte; os mortos e a não-morte; patrimônio fúnebre, funerário e difícil; gênero, sexualidade e suas conexões com a morte; arte funerária; luto, suicídio e outras dimensões da dor; morte, política e movimento social; morte e meio ambiente; materiais educativos, práticas de ensino e de extensão universitárias; Além dos estudos dedicados à análise historiográfica da morte, do morrer e dos mortos.

Reflexões sobre estratégias na virtualização museal em meio à pandemia COVID-19: explorando a memória social no ambiente virtual.

Coordenador(es): Rafael Teixeira Chaves (UFPEL) e André Fabricio Silva (UNESPAR).

Reflexões sobre Estratégias na Virtualização Museal em Meio à Pandemia COVID-19: Explorando a Memória Social no Ambiente Virtual" surge como um espaço vital para a análise aprofundada das estratégias adotadas pelos museus durante a pandemia. Reunindo acadêmicos, profissionais e interessados, o simpósio busca compartilhar insights sobre a virtualização museal como resposta aos desafios sociais e tecnológicos amplificados pela crise. A interseção entre preservação da memória, estratégias virtuais e impactos sociais é explorada para contribuir significativamente ao entendimento das transformações na relação entre museus e sociedade. A pandemia, além de sua dimensão biológica, é percebida como um construto social por André Lemos (2021), conectando o vírus às tecnologias como expressões interligadas da "natureza-cultura" (Haraway, 2008). Segundo Lévy (2007), Ciberespaço é o“espaço de comunicação aberto pela interconexão mundial de computadores e das memórias dos computadoresJudite Primo (2014) destaca na Nova Museologia a relevância da dimensão social, onde museus virtuais e as práticas museológicas digitais surgem como resposta inovadora para a comunicação museológica, ultrapassando barreiras físicas tradicionais, e colocando em pauta outros debates, como os processos de reparação digital, que tem contribuído para a reflexão da repatriação e do acesso a objetos e conhecimentos culturais indígenas e afrobrasileiros. A reflexão sobre a evolução digital dos museus, inspirada por Lemos (2021) e Morozov (2020), enfatiza a necessidade de adaptação e inovação. Tereza Scheiner (2005) contribui, ressaltando a descoberta do museu como entidade livre e plural, adaptável a diferentes contextos. A interação entre pandemia, tecnologia e museologia destaca a complexidade contemporânea, enquanto a Cibermuseologia, conforme Anna Leshchenko (2015), surge como um fenômeno global, demandando definição na Teoria Geral da Museologia diante dos avanços na Museologia Digital. Esta compreensão da inter-relação entre museologia, cultura digital e pandemia impulsiona a necessidade de repensar práticas museológicas. Além de inovação e adaptação, destaca-se a capacidade dos museus de se tornarem agentes ativos na construção de narrativas contemporâneas, utilizando a tecnologia para reconhecer a multiplicidade de formas que a memória pode assumir na era digital. Em última análise, os museus, ao abraçarem essa transformação, não apenas preservam o passado, mas se tornam mediadores ativos na construção do presente e futuro.

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